Os irmãos Cid Gomes e Ciro Gomes, dois enormes da política cearense, estão rompidos.

Muita gente pode se impressionar com a briga dos irmãos, mas confesso que não é o meu caso.

Já firmei o entendimento, de há muito, que nessa seara ninguém é de ninguém, do ponto de vista afetivo.

Ao se entregar a essa atividade humana, importantíssima, ressalte-se, a pessoa abre mão de qualquer relação onde o afeto possa vir a ser a parte mais importante.

Assim, quando a bola – o poder – divide, irmão não é irmão; pai não é pai; filho não é filho – e por aí segue.

Não significa que se tornarão inimigos, nem sempre é o caso. Mas o sentimento que os unia, antes do embate político, nunca mais será o mesmo.

Recentemente, escrevi aqui sobre a briga entre Heloísa Helena e Marina, inimaginável durante por tantos anos. Mas aconteceu, e pelo mesmo motivo: o poder.

Eu diria, se o leitor e a leitora me permitem, que esse é um sacrifício raro, só possível para os que trilham por esse caminho.

Se não é o seu caso, e não é o meu, pule fora antes que o mal aconteça.