A descriminalização do aborto até 12 semanas de gravidez começou a ser julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na madrugada desta sexta-feira (22). A análise do caso no Supremo é motivada por uma ação protocolada pelo PSOL, em 2017.

No entanto, a ação foi criticada por entidades religiosas. Em Alagoas, o arcebispo metropolitano, Dom Antônio Muniz Fernandes, emitiu uma nota de repúdio através de postagem na rede social da Arquidiocese de Maceió.  

O arcebispo destacou que a ação do STF para legislar sobre a descriminalização do aborto omite a função primordial do Congresso Nacional e ignora a vontade da população brasileira. Ele enfatizou que a Igreja se une aos defensores da vida e rejeita qualquer iniciativa que apoie e promova o aborto.

"Em respeito à dignidade da vida humana, ao direito inviolável de cada ser desde sua concepção, e à premissa fundamental de que todos têm direito à vida, expressamos nosso mais profundo repúdio à inclusão em pauta da ADPF Nº 442 no Supremo Tribunal Federal (STF), que visa permitir o aborto legal até a 12ª semana de gestação", disse em nota.  

A ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal, pautou o julgamento sobre descriminalização do aborto (ADPF 442) no plenário virtual, entre hoje (21) e o dia 29. A matéria decide se as mulheres brasileiras têm direito a interromper a gestação até a 12ª semana.

*Com Assesssoria