Muda o endereço, mas se mantém a mesma crítica à PF de atuação política.
Agora foi a vez de Arthur Lira, em longa entrevista na Folha de São Paulo, de insinuar que a Polícia Federal tem atuação política, levando à criminalização da atividade que ele exerce e onde tem poder de comando:
“O que não deve ter é uma polícia política, para nada. Isso é o pior dos mundos. Nem um polícia com autonomia para fazer o que quer”.
O argumento de “polícia política” foi o mesmo de Renan Calheiros na Operação Edema, que atingiu Paulo Dantas, hoje no seu grupo político. O senador foi mais longe, então, ao comparar a PF à Gestapo, a temida e criminosa polícia de Hitler.
É verdade que nenhuma polícia do mundo pode agir sem a devida fiscalização externa, o que vale também para o Legislativo e o Executivo.
No mais, bem sabemos, a Polícia Federal incomoda e muito o meio político, até porque este não estimula nem aprimora os mecanismos de investigação próprios.
Infelizmente, ela – a PF – surge como o único instrumento de investigação dos crimes contra o erário. Até porque os tribunais de contas, principalmente os estaduais, são meras repartições públicas que empregam a turma que está no poder – com raras exceções.