Um novo tremor de terra foi registrado em Arapiraca, no Agreste Alagoano. Segundo o Laboratório Sismológico (LabSis) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), nessa segunda-feira (28), o município registrou um abalo sísmico por volta das 16h25, com magnitude preliminar calculada em 1.5 mR.

Apesar do registro do LabSis, até o momento não há informações se o novo tremor foi sentido por moradores.

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Na última sexta-feira (25), moradores de Arapiraca se assustaram com um tremor 2.1mR, registrado por às 16h34 e confirmado pelo Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP). Ainda não há informações sobre as causas do fenômeno.

De acordo com o laboratório do Rio Grande do Norte, Arapiraca já havia registrado um tremor no dia 04 de agosto, às 15h, com magnitude de 1,5mR. 

Com o abalo registrado na segunda-feira (28), divulgado nesta terça-feira (29), Arapiraca registrou três tremores no mês de Agosto.

A Defesa Civil de Arapiraca informou ontem (28), que iniciou as investigações sobre o tremor registrado na última sexta-feira. Mais cedo, integrantes da Defesa Civil de Maceió estiveram na cidade para auxiliar a Defesa Civil local na identificação e no monitoramento do fenômeno.

A Defesa Civil de Arapiraca relatou sobre o ocorrido e apontou as possíveis causas que podem ter levado à ocorrência do tremor.

“No dia seguinte ao evento fomos ao epicentro, onde ocorreu a maior intensidade do tremor, e fizemos uma inspeção. Mas seria irresponsabilidade nossa apontar uma causa sem uma investigação precisa”, ressaltou Lindomar Ferreira, coordenador da Defesa Civil de Arapiraca.

O geólogo do Centro Integrado de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil do Município (CIMADEC), Eduardo Bontempo, ressaltou que o trabalho inicial é muito importante para o andamento dos estudos.

“Inicialmente estamos verificando as possíveis causas do tremor, visualizando em campo, as patologias que ocorreram. Mas, com o monitoramento de equipamentos de alta tecnologia, conseguiremos identificar se haverá desdobramentos”, explicou.

Na próxima visita, os técnicos farão a demarcação dos pontos geodésicos com o Sistema Global de Navegação por Satélite (Global Navigation Satellite System - GNSS), que é possível coletar dados mais precisos.

Neste monitoramento é estabelecido um ponto fixo (base), interligando pontos que são rastreados pela antena GNSS e, em posse dos dados é possível identificar se houve deslocamento de solo.

Estamos à disposição, contribuindo com nosso corpo técnico que tem expertise neste tipo de monitoramento, e com equipamentos, auxiliando o município vizinho nesta missão de identificar a possível causa do problema”, ressaltou Abelardo Nobre, coordenador-geral da Defesa Civil de Maceió.