A Justiça alagoana decidiu, nesta quarta-feira, 12, que o tenente Tiago da Silva Duarte, integrante da Polícia Militar de Alagoas, preso na Operação Expurgo, perca seu posto e patente.
A operação que foi realizada em janeiro de 2019, culminou na prisão de um grupo criminoso liderado por tenentes da PM envolvidos em assaltos e outros crimes.
Na decisão, confirmada pela assessoria de Comunicação do Tribunal de Justiça de Alagoas, os desembargadores da Câmara Criminal, por unanimidade, declararam o tenente Tiago da Silva Duarte “indigno do oficialato”.
Participaram do julgamento os desembargadores Washington Luiz, José Carlos Malta Marques e João Luiz Azevedo Lessa.
A operação
Na casa da maioria dos presos foi apreendido farto material e entre esses produtos havia joias, relógios, aparelhos eletrônicos, telefones celulares e pen drives, além de documentos em nomes de terceiros. Também foram recolhidas armas e balanças de precisão.
As investigações duraram seis meses. Tudo começou quando o Ministério Público recebeu denúncias de que um grupo de militares estaria praticando assaltos em diferentes cidades do estado e teve acesso às câmeras segurança de uma casa que sofreu tentativa de roubo, no município de Santa Luzia do Norte. Nelas, as imagens mostraram que a invasão ao imóvel contou com a participação dos tenentes Tiago da Silva Duarte e Wellington Aureliano da Silva.
Também foi descoberto que os militares costumavam agir ao lado de outras cinco pessoas, e que todos cometiam assaltos e comercializavam ilegalmente armas e entorpecentes.
A operação ganhou o nome de “expurgo” porque essa palavra significa “eliminar algo, no sentido de desfazer-se de um problema”.
