É uma questão de perfil político – e o alvo não é o presidente.

Lembrar Romero Jucá, por exemplo, é lembrar o posto de líder do governo no Congresso Nacional. 

No caso dele, de qualquer governo que esteja no poder.

Já o dileto amigo de Jucá, das terras caetés, tem outra vocação: o senador Renan Calheiros, quando é governo, se torna um parlamentar comum. 

Na oposição cresce. Foi assim com Bolsonaro e a importante CPI da Covid-19, quando o emedebista teve uma ótima performance - para desespero dos governistas.

Não por acaso, ele perdeu o protagonismo no governo Lula, mas está encontrando o caminho para recuperá-lo (o que ele vislumbra, ressalte-se, desde a mudança no Planalto).

Só que Calheiros encontrou-se agora na oposição a Arthur Lira, o que o motiva, assim parece, a conquistar a visibilidade perdida.

Ele tem pela frente motivos de sobra para desancar seu adversário, além dos adjetivos guardados numa caixinha de maldades à espera da oportunidade de chegarem ao grande público.

Mas é importante que assim seja: um vigiando o outro.

É o DNA de Calheiros pedindo passagem.