O Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA/AL) negou, nesta quarta-feira (28), a solicitação de licença prévia feita pela empresa Timac Agro Indústria e Comércio de Fertilizantes Ltda. para implantação de um depósito de ácido sulfúrico no Porto de Maceió. 

Conforme divulgado pela assessoria de Comunicação do Instituto, a decisão da comissão encarregada de analisar o pedido, com base nos estudos apresentados pela própria Timac, decorre da identificação de uma sequência de problemas.

Entre os problemas identificados, a partir do Estudo de Impacto Ambiental e do Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), estão: a falta de detalhamento da biodiversidade marinha existente nas proximidades; ausência de avaliação sistemática dos prováveis impactos ambientais do empreendimento sobre as atividades pesqueiras e turísticas na área; falta de avaliação exaustiva de alternativas locacionais para o empreendimento; e a não inclusão da avaliação e gerenciamento sistemático de outras macro hipóteses de riscos.

Foi identificado ainda que o Plano de Controle Ambiental (PCA) não apresentou pontos de monitoramento e indicadores ambientais suficientes para a sustentabilidade da intervenção proposta. 

O IMA também levou em consideração, para o indeferimento do pedido, a revogação da Certidão do Uso e Ocupação do Solo para Timac Agro Induústria e Comércio de Fertilizantes Ltda., por meio do Ato Decisório Nº 002/2023, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo de Maceió (Semurb).

O processo de solicitação da licença foi aberto em setembro de 2022 e devido ao porte do empreendimento, os responsáveis tiveram que apresentar o EIA/RIMA.

A empresa será notificada da decisão do Instituto  nos próximos dias e receberá a análise técnica que embasa a decisão. Os representantes podem recorrer, entretanto, a ausência da Certidão do Uso e Ocupação do Solo emitida pela Prefeitura de Maceió inviabiliza a abertura de processo e análise.

 

*Com Ascom IMA/AL