Um prédio abandonado há mais de uma década no bairro de Mangabeiras se tornou um problema para os moradores da região. O que “sobrou” da estrutura da construção se tornou moradia de pessoas em situação de rua e depósito de lixo.

Conforme um grupo de moradores do entorno da construção situada na Rua Waldemiro Alencar Júnior, “catadores de reciclados moram no local e depois de fazerem a separação do material, resto do lixo fica dentro do prédio, tornando-se ‘moradia’ para ratos, baratas e escorpiões, que têm aparecido frequentemente na região”.

Considerando que estamos entrando na quadra chuvosa, o acúmulo de água dentro do local abandonado se tornou outro motivo de apreensão. “Aqui onde moro dois porteiros e duas vizinhas já tiveram dengue este ano. Infelizmente não adianta manter o local onde moro com todos os cuidados para não acumular água se em frente existe uma ‘piscina suja’”, reclamou a moradora.

Fogo e morte

Em janeiro de 2021, um homem que morava no prédio abandonado e já tinha um mandado de prisão em aberto por estuprar a filha de 10 anos, na cidade de Barreiros, em Pernambuco, foi preso acusado de estuprar e matar a própria filha de 1 ano e 8 meses de vida.

Cientes dos perigos, os moradores reclamam que já fizeram diversas denúncias aos órgãos competentes, porém até hoje, “nenhuma medida de fato efetiva foi tomada”, salientando que andar pela rua ou uma simples ida à padaria se torna motivo de medo e apreensão. “É uma situação surreal se levarmos em consideração que o bairro é um dos metros quadrados mais valorizados da cidade", acrescentou o síndico de um prédio.

“Não sei o que os gestores públicos aguardam para tomar uma providência e resolver definitivamente o caso deste prédio, que é ‘uma bomba relógio’, pois o imóvel já pegou fogo e foi cenário de estupro e morte de uma criança. O que falta acontecer?”, questionou uma moradora.

SMS

A  assessoria de Comunicação da Secretaria de Saúde de Maceió informou, nesta sexta-feira, 09, que o imóvel abandonado já foi notificado e autuado pelo município.

A SMS reforça, ainda, que por se tratar de um ponto estratégico na área, o imóvel é frequentemente inspecionado pelos agentes de endemias, que realizam um trabalho para conter e eliminar focos do mosquito da dengue no local.