É quase impossível não fazer uma comparação entre o coronel Mauro Cid, preso hoje pela PF, e o “major da mala”, que integrava o gabinete militar do deputado Marcelo Victor, e que virou coronel “por merecimento” após o flagrante dos sacos de lixo em um hotel da orla de Maceió.

A questão é simples, mais uma vez, e remete ao perigo que é submeter militares, de qualquer força, à submissão do poder político – o que aconteceu em ambos os casos. A obediência cega faz estragos para os dois lados: senhor e servidor.

Os dois oficiais, do Exército e da PM de Alagoas, demonstraram sua obediência e coragem parta defender os respectivos chefes, mesmo que para isso comprometessem as respectivas biografias, e até pondo em risco à própria vida, como no caso do ex-major da Polícia Militar.

Ora direis: o militar alagoano foi premiado – e é verdade. 

Seguramente, a sociedade alagoana e a instituição que ele integra não ficaram melhores por causa disso.

Em tempo:

Bolsonaro já deu o norte: a culpa é do “assessor”.

E aqui para nós: é mais fácil o ex-presidente ser “punido” nos EUA do que no Brasil.