Bem parece uma disputa eleitoral tradicional, com denúncias, acusações e juras de desamor para sempre.
Os ecos da eleição para o diretório do PT em Alagoas demonstrou, independentemente de quem ganhou ou perdeu, que algo de muito errado estava acontecendo.
Seja pelo distanciamento do partido das suas bases tradicionais – o que acontece não apernas em Alagoas -, seja porque a única pauta a defender, por militantes e dirigentes, era a do presidente Lula, como se não houvesse por aqui as conhecidas particularidades.
A tradição petista de combate foi, ao longo do tempo, se desmanchando até pela condição de base do governo e agregado do MDB.
O sumiço do PC do B, que já foi o maior partido de esquerda em Alagoas e o não crescimento local do PSOL, por exemplo, deixaram um imenso vazio junto em meio a um eleitorado carente e acuado pela direita e extrema-direita, bem mais agressivas nas ações junto ao eleitorado.
Não há dúvida: só PT pode ocupar esse espaço, hoje, desde que deixe de lado as divergências internas e busque o que agrega as várias correntes que o integram.
Medeiros prometeu isso ao filiados, no processo eleitoral, e que essa não seja uma promessa tradicional de campanha, daqueles que ninguém se dá ao trabalho de escrever.
Afinal de contas, nas terras das Alagoas, a balança ideológica está inclinada para um lado só.
A democracia não avança sem o contraditório.