O ex-presidente Jair Bolsonaro é um dos alvos da Operação Venire que investiga adulteração em cartões de vacinação. A residência do ex-presidente foi alvo de um dos mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal, na manhã desta quarta-feira (3). Os agentes também recolheram o celular de Bolsonaro. 

Através de postagem nas redes sociais, o deputado estadual em Alagoas, Ronaldo Medeiros (PT), comentou sobre a Operação Verine e a suposta adulteração de vacina do ex-presidente.  

“Este é apenas um dos crimes cometidos por Bolsonaro e, acredito, em breve teremos mais coisa aparecendo por aí. Os brasileiros precisam saber todas as atrocidades que a extrema-direita cometeu enquanto esteve à frente no Planalto”, escreveu.  

Já a vereadora de Maceió, Teca Nelma (PSD), pediu justiça e escreveu: “A PF apreendeu os celulares de Bolsonaro e Michele numa operação contra dados falsos de vacinação [...]. Justiça sendo feita. Que Bolsonaro responda por seus atos”.

O deputado estadual Cabo Bebeto (PL), repostou a notícia em seu Instagram e destacou: “tudo em nome da lei, da ordem e em defesa da democracia”.  

O secretário Nacional de Trânsito, Adrualdo Catão, também usou as redes sociais para repercutir o assunto. “Esse ataque à vacinação é um dos legados mais nefastos dessa extrema-direita que ficou no poder”, escreveu.

Operação Verine

A corporação informou que também está sendo feita análise do material apreendido durante as buscas e a realização de oitivas de pessoas que detenham informações sobre o caso.  

“As inserções falsas, que ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a covid-19 dos beneficiários”, destacou a PF.

“Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes impostas pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa”, completou.

Ainda conforme a corporação, o objetivo do grupo seria “manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a covid-19”.