A Polícia Civil identificou o suspeito de assassinar a mulher trans Joyce Kelly, de 22 anos, no mês passado, cujo corpo foi encontrado em um terreno baldio, na parte alta de Maceió. O homem teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e foi identificado como José Augusto da Silva Neto, vulgo Morgação.
Segundo informações divulgadas pelo delegado Thiago Prado, responsável pelo caso, a investigação foi iniciada logo após o assassinato. Mais de 20 pessoas foram ouvidas e imagens de câmeras de monitoramento ajudaram a esclarecer o crime.
"Imagens de câmeras de monitoramento da região flagram o momento em que a vítima vai para o terreno baldio onde foi encontrada morta e cerca de uma hora depois aparece o suspeito retornando para a boca de fumo da Favela da Federal”, disse o delegado em vídeo divulgado nas redes sociais.
Ainda segundo Prado, conforme as investigações “Morgação” atuava no tráfico de drogas da região e Joyce Kelly teria sido morta devido a uma dívida de drogas. A vítima era viciada em crack e devia a traficantes.
As investigações apontam que Joyce Kelly foi ao terreno baldio com uma outra pessoa, inda não identificada, para um programa sexual. Lá, ela foi abordada pelo suspeito que a matou a golpes de pedradas e pauladas. Após o crime, o homem retornou para a boca de fumo, e nesse momento ele aparece nas imagens captadas pelas câmeras.
A Justiça decretou a prisão preventiva do suspeito, após a coleta de elementos comprobatórios. Ele não foi localizado, é considerado foragido e já tem passagem pela polícia e no Sistema Prisional.
A Polícia Civil pede que quem tiver informações sobre o paradeiro do acusado, ligue anonimamente para o Disque Denúncia, no número 181. A ligação é gratuita.
O caso
A jovem trans Joyce Kelly foi encontrada morta em um galpão abandonado, no bairro Santos Dumont, parte alta de Maceió, no dia 10 de março. O corpo estava em meio a um amontoado de lixo e metralha e trajava uma camiseta cinza e um short preto.
De acordo com testemunhas, Joyce Kelly era transexual e morava no bairro Cruzeiro do Sul, também na parte alta de Maceió.
O local onde o corpo foi encontrado é conhecido por ser uma região de prostituição e tráfico de drogas.
