A realidade se impõe, inclusive na atividade política.

Fato concreto: o deputado Arthur Lira, principal liderança do Centrão, é um dos convidados para o 1º de Maio, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo. No ano passado, aliado de Bolsonaro, ele não foi nem lembrado - por motivos óbvios. Mas a metamorfose lirista já resultado em mudança de imagem (?).

O convite e a convocação é da CUT, Força Sindical, UGT, CSB, CTB e assemelhadas. Até o ano passado, o presidente da Câmara Federal - e ele já ocupava o cargo - nem lembrado foi para a manifestação.

Junto com Lira estão: Lula, por óbvio (foi um grande líder sindical) e Rodrigo Pacheco, presidente do Senado.

Se eu fosse ele, não iria, até porque deve ser vaiado com veemência pelos presentes, mas pode até ter de enfrentar manifestações mais agudas.

Evidentemente, não como as que teve pela frente o ex-governador Mário Covas, em 2000, na greve dos professores estaduais.

Quem não lembra como era a relação do tucano, corajosa, com alguns sindicatos, o da Educação em particular, pode buscar no YouTube.