É impressionante a semelhanças nos gestos e jeito de falar que o deputado Isnaldo Bulhões assimilou do senador Calheiros.
O que é muito comum por aqui com alguns personagens icônicos: Mendonça Neto e o próprio Calheiros, por exemplo, que colecionaram réplicas entre os seus seguidores.
Mas isso a boa psicologia explica, talvez pelo princípio da mimetização admirada.
Fato objetivo é que Isnaldo Bulhões cresceu na articulação política lá em Brasília, onde já transita com facilidade entre os seus pares, a ponto de já saberem o seu nome.
O anunciado passo à frente na semana passada, de criação do seu blocão, era um atestado de maioridade política.
Só que nesse meio, o mais tolo nasce de 15 meses – para não se desgastar – e se faz de morto para enganar o coveiro e o dono da cova.
Ato contínuo, o alvo da rasteira, Arthur Lira, provou que, antes de Bulhões, ele já havia aprendido as artimanhas do mesmo senador Calheiros, que assumiu a condição de mestre com a aposentadoria de José Sarney, o interminável.
Bulhões, é o que parece, vai longe, seguindo na mesma senda dos seus colegas gigantes de Alagoas, lá em Brasília. O nosso estado tem sido pródigo na produção desse tipo de personagem político - eleito por reduto e com projeção nacional.
Mas ainda não foi agora que o aprendiz de Calheiros superou o outro e mais antigo “aluno” do senador do MDB.