A sequência assustadora de casos de violência em escolas do Brasil, vitimando crianças e adolescentes, segue o padrão histórico dos EUA, o país mais armado do mundo.
Por aqui, o gigante do ódio nunca dormiu o sono mais profundo, basta lembrar o fato de que fomos o último país das Américas a acabar (?) com a escravização de negros.
Mas ele estava por aí, um tanto recolhido e sonolento, durante um bom tempo. Ressalte-se: quando parecia que o Brasil iria se encontrar com sua vocação de nação democrática, tolerante e plural.
Mas eis que ele, o gigante do ódio, não ficou alheio aos gritos e chamados – para a ação – das redes sociais, das lives em que o racismo, a misoginia, a homofobia, a propaganda das armas como o caminho para se encontrar a paz (!!), trafegavam como num parque de diversões.
Por favor, não me digam que esse massacres terrivelmente dolorosos nada têm a ver com isso.
Ah, foi um louco?
E quantos são os loucos soltos por aqui, ávidos pela dor alheia?
Punir os criminosos com rigor é necessário, mas está longe de ser a solução para essa violência “nova” no Brasil.
O gigante acordou e faz seus estragos desumanos e sem conserto.
Ou assumimos essa verdade, e a mudamos, ou ainda não será agora que pais e mães deixarão de prantear-se no sangue dos seus inocentes amados.