Hoje completa 26 anos do assassinato do bancário Dimas Holanda, e, mais uma vez, a família pergunta quando o caso será definitivamente encerrado.

Davi Holanda, irmão da vítima e sempre atento à data tão dolorosa para os seus familiares, repete a mesma queixa ao blog:

– Nós nunca soubemos o que acontece ou aconteceu com os acusados, mas vamos continuar lembrando esse crime, para que a sociedade não aceite mais a impunidade.

E a relação de nomes é grande, lembra ele: Eufrásio Dantas, o Cutita, o ex-sargento PM Daniel Sobrinho, José Carlos Ferreira, o Ferreirinha, Paulo Nei e Valdomiro Barros. 

Eles teriam praticado o crime a mando do deputado João Beltrão, que virou réu no Tribunal de Justiça em março de 2017, mas não chegou a ir a julgamento, já que morreu em dezembro de 2019.

Lembrando

Típico crime de pistolagem (o que tão bem conhecemos), Dimas Holanda foi executado com vinte tiros, sendo 12 de pistola 9 milímetros, que o atingiram na cabeça.

Um detalhe importante neste caso: o juiz Maurício Brêda, que atua na área Criminal da Capital, depôs em juízo contra João Beltrão, de quem ele disse ter ouvido, em reunião familiar, a afirmação de que o assassinato havia sido cometido por dois amigos dele (do ex-deputado).

Também em juízo, o ex-oficial da PM Manoel Cavalcante contou, em detalhes, que JB encomendou a morte do bancário, então com 34 anos de idade, motivado pelo ciúme.

“O que a gente quer é informação sobre o desdobramento do processo, seja do Ministério Público, seja da Justiça”, diz em tom de evidente lamento Davi Holanda.