Não era difícil prever que as qualidades políticas – além da sua formação jurídica - do desembargador Fábio Ferrario o levariam a essa condição de representante do TJ junto aos poderes Executivo e Legislativo.

Com formação de advogado militante, ele tomou posse no Tribunal de Justiça em julho do ano passado e vem conquistando a confiança dos seus pares para cumprir o papel de ponte informal entre os poderes nas questões administrativas e financeiras.

É claro: ele não é o único magistrado por lá que carregue a marca de bom negociador político, enxergando a correlação de forças e o custo-benefício de cada negociação. Por exemplo: o desembargador Washington Luiz tem até mais notória origem política do que ele. 

Só que Ferrario parece ter o perfil mais adaptado aos tempos de hoje para as missões postas. Com laços profissionais – anteriores até à condição de desembargador – com Marcelo Victor e Paulo Dantas, ele surgiu como nome natural para ser o elo que liga, do lado do TJ, os três poderes.

Que ninguém se engane: a política governa o mundo. Ou, para quem preferir, governa os mundos.