Não é só isso, mas ajuda a entender porque Arthur Lira estica a corda no embate com Rodrigo Pacheco, na questão da tramitação das Medidas Provisórias.

É importante destacar que Lira não tem razão, quando a legalidade das posições é posta à prova: as comissões são uma exigência da legislação, que foi alterada excepcionalmente na pandemia – com as MPs sendo votadas diretamente no plenário.

Até que se mude a lei, a razão está com Pacheco.

Mas eis o nó: o líder do governo na Câmara, José Guimarães, dá razão a Lira, e não deve fazer isso por acaso. Veja o que ele disse à Folha: 

"Para quem governa, o melhor rito foi o da pandemia. Eu tenho uma opinião e já disse para o governo, para o [líder do governo no Senado, Jaques] Wagner, para o [ministro das Relações Institucionais, Alexandre] Padilha: o rito atual é o melhor." 

Com uma manifestação dessa, Lira vai para a galera.