Em 16 de fevereiro do ano passado, este blog publicou em primeira mão que a Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) havia aberto uma Reclamação Disciplinar contra o desembargador Klever Loureiro, então presidente do Tribunal de Justiça.

A ação havia sido motivada pela denúncia de um grupo de advogados que atua no processo de recuperação Judicial da Laginha, do Grupo JL.

Conforme o publicado então, o relatório de 39 páginas - assinado pelos desembargadores Carlos Vieira von Adamek, auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça, e Jorge Luiz Lopes do Canto, em auxílio eventual à Corregedoria Nacional de Justiça - aponta indícios de que o desembargador Klever Loureiro agiu com parcialidade no processo de falência da Usina Laginha, beneficiando os falidos.

Correndo em sigilo, como é praxe, o procedimento não foi esquecido: ontem, o Estadão trouxe uma longa matéria sobre o tema – recuperação judicial -, em que o desembargador Klever Loureiro ganhou algum destaque exatamente pela iniciativa do CNJ.

Extraoficialmente, Loureiro atribui a iniciativa a questões políticas do próprio Judiciário - que não está livre disso.

Eis o busílis: os casos que o Conselho Nacional de Justiça investiga e até julga parece que não têm fim, sendo o “tempo” a medida de punição dos magistrados que são alvos das tais reclamações.

Lembrando que o desembargador Washington Luiz foi afastado do cargo por dois anos – de 2016 a 2018 -, e ao final do processo, nada foi confirmado das denúncias investigadas.

Por enquanto, o fantasma do CNJ continua assombrando o desembargador Loureiro.