Alagoas está cheia de exemplos, maus exemplos, de como os militares podem perder o rumo e o prumo quando se misturam ao poder civil, servindo-o. Seja quem estiver no controle.

É claro: a terrível “gangue fardada” é algo que, imagino, não deverá se repetir por aqui, mas não podemos esquecê-la jamais.

Disciplinados e obedientes por formação, os militares – de qualquer força – aparecem como assessores ideais para políticos mal intencionados ou dispostos a praticar ilegalidades. 

O caso das joias sauditas, o mais recente escândalo do ex-presidente & cia, nos apresenta a personagens fardados que, cumprindo as ordens do comandante, mancharam suas biografias.

Do tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, ao sargento da Marinha, Jairo Moreira da Silva, vários militares participaram da tentativa ilegal de retirar as joias da Receita Federal.

Cumpriram ordens, é verdade, mas até isso tem limite.

Há de se dizer: não precisa muito, às vezes, para que o vinho vire vinagre, mas a chance de o “dono” da vinícola acelerar o processo é e continua sendo grande.