Em 2017, o então senador Fernando Collor foi escolhido, por aclamação, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, sentando na cadeira ao estilo: como  um soberano  - durante dois anos.

Seguindo os seus passos, também por aclamação, o senador Renan chegou ao mesmo lugar, e ainda que não seja uma comissão de primeira linha – como a de Orçamento e Constituição e Justiça -, na definição dos próprios congressistas, dá prestígio, viagens pelo mundo e contatos privilegiados com autoridades do mundo inteiro.

E mais: a comissão é também de Defesa Nacional, apesar de não ser a atuação mais destacada. Quem sabe, Calheiros não dá uma agitada – ao seu modo – nessa delicada seara. 

Lembrando: eternos amigos secretos, Renan e Collor fizeram uma dobrinha discreta - mas eficiente - no Senado. Foi do emedebista a indicação para que o seu colega bolsonarista (hoje) assumisse o trono na Comissão de Relações Exteriores.

Agora é a vez de Calheiros, que sabe como poucos exercer o poder que ele tem - seja o tamanho que tiver.