E não há de ser difícil, independentemente do que aconteceu ou deixou de acontecer.
Aliás, nunca foi difícil no Brasil um denunciado por corrupção se livrar das acusações que lhe são feitas.
Não será agora que isso vai mudar.
Basta lembrar que o próprio Lira conseguiu disputar as duas últimas eleições sem entraves apesar da condenação na Operação Taturana, hoje morta e enterrada (não restou um papa pagar a conta e o pato).
Ainda levou junto com ele, na mesma bondade do Tribunal de Justiça de Alagoas – uma liminar do desembargador Celyrio Adamastor -, o federal Paulão, do PT, e Cícero Almeida, em partido incerto e não sabido, ambos também condenados no mesmo processo (enterrado a sete palmos no chão).
Segundo a revista Veja, a defesa de Arthur Lira apresentou no dia de ontem um novo recurso para anular de vez o processo em que ele é réu, no STF, desde outubro de 2019.
A acusação: seria para ele, em tese, o dinheiro R$ 106.000 reais em propina paga pelo ex-presidente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) Francisco Colombo, para permanecer onde estava – no cargo – via doleiro Alberto Youssef. O caso é de 2012, ou seja, completou 10 anos, com direito a bolo e velinhas.
A base da defesa: falta de provas e a mudança na legislação penal.
Ao fim e ao caso, a hermenêutica haverá de decidir qual o caminho da Justiça, tão bem representada por essas bandas pela deusa Themis.