Eu acompanhei há décadas, quase que em tempo real, uma negociação de dirigentes de uma empresa em que eu trabalhava, então, com autoridades públicas.

O que havia em jogo?

Uma dívida a ser paga – acumulada de anos -, e já em fim de governo: recebê-la parecia cada dia mais improvável.

Então, soube depois, veio a proposta de quitação: 50% para cada lado.

O calote se configuraria caso não fosse aceita.

Até onde eu soube, o trato não se deu, mas me deixou uma lição para a vida toda: um Estado caloteiro é uma porta aberta para corrupção.

Que o governador Dantas tenha cuidado e trate de saldar as dívidas do Estado – não são apenas do seu governo. Isso pode evitar agruras futuras.