“Macaco velho”’ no Senado Federal, o senador Renan Calheiros escolheu a Comissão de Relações Exteriores para presidir, no novo mandato de Rodrigo Pacheco na presidência.

Por que esta e não outra comissão, mais destacada como Constituição e Justiça e Assuntos Econômicos?

Só o tempo vai responder.

Talvez uma pista para explicar a escolha esteja no fato de que o agora ex-senador Collor presidiu a mesma Comissão de Relações Exteriores, de 2017 a 2019.

Então, Calheiros era o bambambã da Casa, e foi graças a ele que seu dileto amigo da vida toda chegou lá.

Segundo matéria da Folha, de 14 de março de 2017, Collor não poderia comanda o colegiado porque o seu partido de então (PTC) era um nanico, sem representatividade suficiente para que elle almejasse o posto.

Mas eis que “amigo é para essas coisas”: Calheiros prometeu e cumpriu. 

Collor passou dois anos na pose que sempre exibiu.

Calheiros luta contra o PT, que queria a mesma comissão, mas deve levar ao posto que leva a viagens pelo mundo inteiro: de graça (se não fosse assim, não teria graça).

O emedebista só não conseguiu chegar – pelo menos até agora – chegar aonde elle chegou: à cadeira de Lula.