A Defensoria Pública do Estado de Alagoas está solicitando à Justiça o bloqueio de R$ 4.349.617,72 - valor referente à prestação de serviços médicos e hospitalares para crianças cardiopatas do SUS, atendidas pelo Hospital do Coraçãozinho de junho a outubro do ano passado.
A situação é grave – e cada vez mais.
Os atrasos nos pagamentos pela Sesau têm sido frequentes e devem comprometer “os atendimentos e procedimentos cirúrgicos dos pacientes agendados para os próximos meses”.
A afirmação é do presidente da Cordial Sociedade Beneficente do Coração de Alagoas, o pediatra Cláudio Soriano.
Ele ainda informou ao defensor Ricardo Melro que “os relatórios comprobatórios referentes às produções dos meses de novembro/2022 e dezembro/2022 no valor de R$ 1.270.742,76 e R$ R$ 927.512,94, respectivamente, já foram enviados, porém estamos aguardando retorno da Sesau/auditoria para emissão da nota fiscal eletrônica”.
Na petição encaminhada à Justiça – dentro da ação impetrada pela Defensoria em 2012, julgada procedente em 2015 -, Melro solicita que a prefeitura de Maceió assuma também a responsabilidade financeira pelos serviços prestados pelo Hospital do Coraçãozinho.
“A sentença, lembra o defensor, também condena o município de Maceió a arcar com o ônus financeiro desses atendimentos. E nada fez até agora sobre isso”.
A conta chegou.
P.S.:
O Banco de Sangue Osvaldo Calado encaminhou hoje à Cordial (que administra o Hospital do Coraçãozinho) uma Notificação Extrajudicial cobrando uma dívida da instituição.
O valor: R$ 75.149,40.
O prazo dado: 30 dias, a partir de hoje.
Consequência: suspensão dos serviços ofertados pelo hemocentro.
De novo: a conta chegou.