O emedebista é uma velha raposa política, com quase 45 anos de profissão - a única que exerceu na vida -, e conhece cada um dos seus pares na palma da mão.

Contabiliza favores e segredos, além de fazer questão de ressaltar a sua condição de “amigo” de Lula (independentemente do “tamo junto!”, que é geral e irrestrito).

O problema é que o projeto de demolição da candidatura à reeleição de Arthur Lira para a presidência da Câmara Federal ruiu e ele precisa apresentar aos seus aliados locais que tem prestígio com o futuro presidente.

Tem, sim, mas isso precisa se materializar, até porque a fidelidade nessa seara só se mantém enquanto o poder convém. Tem de ser tanto quando parece.

Calheiros trabalha como nunca para conseguir o seu objetivo, e que ninguém duvide da sua capacidade de articulação, principalmente com a velha guarda do MDB, que ganhou sobrevida na última eleição.

Coisa de profissional.