Claro que nenhum governo quer abrir a caixa preta das suas crises. Paulo Dantas não é diferente e ainda conta com auxiliares experientes, que vislumbram outro alvo que pode ter sido atingido: Renan Filho.

O futuro senador não tem o que temer, eleitoralmente, só que ele é candidato a ministro de Lula (Minas e Energia) e pode se queimar se a situação aqui engrossar.

O cuidado que Dantas tem tido com o tema não apaga, no entanto, a sua visão de que Gustavo Pontes de Miranda poderia ter agido antes, logo que entrou na Secretaria de Saúde e se deparou com o cenário prestes a explodir. Ainda que se indispusesse com o futuro deputado Alexandre Ayres (um dos menudos de Filho).

Só que o quadro que agora vai sendo pintado em cores vivas surpreendeu até mesmo secretários e ex-secretários do “núcleo duro” de Renan Filho, que achavam que a situação na Saúde estava dentro dos limites do tolerável.

Um levantamento inicial das nomeações realizadas – com ao argumento da pandemia – nos últimos anos na Sesau vem causando perplexidade. E o trabalho ainda não está concluído.

O Palácio tenta abafar os ruídos, só que o mundo real está gritando mais alto.