É inegável o comportamento autoritário do governo de Alagoas, que nunca ouve a sociedade – os servidores, inclusive – nos projetos mais importantes.
É goela abaixo, sempre.
Lembremo-nos do Pacote do Santoro, que colocou Alagoas no topo dos estados com maiores alíquotas do ICMS – foi o primeiro passo rumo ao “manda quem pode, obedece quem tem juízo”.
Na sequência, veio a reforma do AL Previdência, que tirou o pão da boca de aposentados e pensionistas, num projeto aprovado sem qualquer discussão com sindicatos e os maiores prejudicados. Então, o autoritarismo já era explícito.
A criação, agora, do Fundo Garantidor do AL Previdência é só a confirmação de que, se dependesse do atual governo, todos os alagoanos já nasceriam mudos.
E não há qualquer preocupação de maquiar essa fisionomia autoritária que tem marcado os últimos oito anos da administração estadual.
Com os sindicatos desmobilizados, a quem caberia fazer o contraponto?
Imagino que a Assembleia Legislativa. Basta lembrar que o Congresso Nacional, tão justamente criticado, pôs freio na sanha autoritária de Bolsonaro, que ainda teve de enfrentar o STF – que cumpre um ótimo papel nesse momento.
Por aqui, nada a fazer.
A Assembleia Legislativa, com raras exceções, tem sido um poder clandestino, ainda que bem aquinhoado pelos cofres públicos.
E não se pode dizer que os fiscais da lei por aqui –, a começar pelo MP - em todas as instâncias, tenham uma atuação digna de nota.