Pode até não dar em nada, considerando que o PGR Augusto Aras não conta com grande prestígio junto ao STF (pelo menos na parte não bolsonarista) e não anda bem na fita no meio jurídico.
Mas o recurso apresentado por ele, ontem, pedindo novo afastamento de Paulo Dantas, mostra que a questão não morreu - como acreditam e pregam alguns governistas.
O argumento do PGR é de que a decisão que favoreceu o governador agora reeleito – segundo Gilmar Mendes – estabelecia o prazo de 15 dias antes e 48 horas depois da votação do segundo turno, quando Dantas não poderia sofrer as sanções legais. Seria uma imunidade eleitoral.
O prazo já acabou, mas dificilmente Aras vai conseguir seu intento.
Mas as investigações da Operação Edema, que apura um suposto desvio de R$ 54 milhões dos cofres públicos com as rachadinhas da Assembleia, continua.
Se não dará em nada, aí é outra história - com a qual já estamos acostumados.
Diga-se em favor de Dantas que ele não enganou a ninguém. O eleitor deu seu voto ao governador sabendo das denúncias da PF, do MPF e do STJ, mas considerou que ele era um candidato melhor do que Cunha.
E é assim que funciona a democracia.
Ponto final.