Artur Lira é o novo recordista de votos para deputado na história de Alagoas (219.452).
Ele superou JHC, que carregava este troféu pela votação de 2018 (178.645).
Lira só não foi o mais votado, proporcionalmente, por causa do fenômeno conservador Nikolas Ferreira, de Minas Gerais: ele teve 13,32% dos votos válidos, enquanto Lira ficou com 13,26%.
Isso ajuda no projeto do atual presidente da Câmara Federal, que trabalha com afinco pela reeleição – independentemente de quem seja o presidente da República no próximo ano (que ninguém se iluda, Lula continua sendo o favorito, com mais de 6 milhões de votos em relação a Bolsonaro).
Mesmo a provável fusão do PP com o União Brasil só ajuda Lira nesse objetivo.
Já a onda conservadora e de extrema-direita nas urnas de todo o país dificulta o projeto de outro alagoano: o senador Renan Calheiros, que pretende volta a presidir a Casa em que ele fez morada há quase trinta anos.
Ou seja: só há vaga para um – se for o caso – no topo político do Planalto.
Calheiros é um hábil negociador, mas sabe que seu arqui-inimigo em Alagoas – e no Brasil – largou na frente na corrida do poder neste momento.