Um estudo da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (PENSSAN), divulgado nesta quarta-feira (14), mostra que a fome atinge 36,7% das famílias alagoanas. O estado é o que tem mais casos de insegurança alimentar grave.
A fome atinge proporcionalmente as regiões Norte e Nordeste, no entanto, de acordo com números absolutos, as pessoas que passam fome estão no Sudeste.
A insegurança alimentar é dividida em três níveis: leve; moderada e o grave. A leve é quando há preocupação ou incerteza se vai conseguir alimentos no futuro. A moderada é quando há uma redução concreta da quantidade de alimentos e o padrão saudável de alimentação é rompido por falta de comida e a grave é quando a família sente fome e não come por falta de dinheiro.
Depois de Alagoas, vem o Amapá com 32% dos domicílios nessa situação. Na sequência, estão Pará e Sergipe, ambos com 30% da população atingida.
Além do grande número de atingidos pela fome, os pesquisadores constataram que o problema se agravou após a pandemia, com queda na renda das famílias e aumento do custo de vida.
Quando se fala a nível nacional, a insegurança alimentar grave atinge 15,5% das famílias, enquanto a insegurança alimentar moderada afeta 15,2%.