Em breve, Gilberto Gonçalves há de repetir: "Eu quero o meu dinheiro, p..."

11/08/2022 14:30 - Ricardo Mota
Por redação
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Quem já viu pelo menos parte do inquérito da PF – da Operação Pecúnia – sabe que há evidências fortíssimas sobre o desvio milionário do dinheiro público na prefeitura de Rio Largo.

Entretanto, o histórico desses casos – Guabiru, Taturana, entre tantas outras - indica que a punição mais efetiva para os envolvidos, com destaque para o prefeito Gilberto Gonçalves (um velho conhecido da mais eficaz instituição policial brasileira), é moral. 

Ou seja: ter o nome estampado nos veículos de imprensa, inclusive nacionais.  

Mas poucos no meio se incomodam sinceramente com isso.

Depois é esperar que o tempo opere, alargando os dias e pulando as noites, construindo o esquecimento. Nesses casos sempre em favor dos investigados. Quem sabe, ouviremos de novo em breve: “Eu quero o meu dinheiro, p…!” 

O sistema judiciário brasileiro é feito, ao que parece, para não funcionar com começo, meio e fim – pelo menos naquilo que é a expectativa do homem comum quando se depara com o sumiço dos seus impostos. Ninguém haverá de saber onde está o furo. Detalhe: o problema não é  a lei - são os homens. 

Há sempre uma pedra no meio do caminho, a atravancar a busca por alguma justiça.

É claro que os denunciados pela PF terão trabalho e gastarão uma boa grana para fazer o processo ir ao encontro do calendário do fim do mundo.

Cá para nós : se a investigação conseguir estancar a sangria nos cofres públicos da cidade interiorana - e das demais -, já será um ganho para um povo tão pobre e que se acostumou a ver tudo dar em nada.

Mais do que isso, entretanto, é investir na frustração.

Mais uma. 

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