Em breve, Gilberto Gonçalves há de repetir: "Eu quero o meu dinheiro, p..."
Quem já viu pelo menos parte do inquérito da PF – da Operação Pecúnia – sabe que há evidências fortíssimas sobre o desvio milionário do dinheiro público na prefeitura de Rio Largo.
Entretanto, o histórico desses casos – Guabiru, Taturana, entre tantas outras - indica que a punição mais efetiva para os envolvidos, com destaque para o prefeito Gilberto Gonçalves (um velho conhecido da mais eficaz instituição policial brasileira), é moral.
Ou seja: ter o nome estampado nos veículos de imprensa, inclusive nacionais.
Mas poucos no meio se incomodam sinceramente com isso.
Depois é esperar que o tempo opere, alargando os dias e pulando as noites, construindo o esquecimento. Nesses casos sempre em favor dos investigados. Quem sabe, ouviremos de novo em breve: “Eu quero o meu dinheiro, p…!”
O sistema judiciário brasileiro é feito, ao que parece, para não funcionar com começo, meio e fim – pelo menos naquilo que é a expectativa do homem comum quando se depara com o sumiço dos seus impostos. Ninguém haverá de saber onde está o furo. Detalhe: o problema não é a lei - são os homens.
Há sempre uma pedra no meio do caminho, a atravancar a busca por alguma justiça.
É claro que os denunciados pela PF terão trabalho e gastarão uma boa grana para fazer o processo ir ao encontro do calendário do fim do mundo.
Cá para nós : se a investigação conseguir estancar a sangria nos cofres públicos da cidade interiorana - e das demais -, já será um ganho para um povo tão pobre e que se acostumou a ver tudo dar em nada.
Mais do que isso, entretanto, é investir na frustração.
Mais uma.
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