Alagoas monitora 24 casos suspeitos de de varíola dos macacos

09/08/2022 19:46 - Saúde
Por Redação
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Alagoas tem 24 casos suspeitos de Monkeypox, conhecida como Varíola dos Macacos. Segundo informações divulgadas pela Secretaria do Estado da Saúde (Sesau), até esta terça-feira (9), esse é o número de casos notificados no estado.

Do total de casos de pessoas com suspeita da doença, 13 são mulheres e 11 homens. Ainda segundo a Sesau, cinco casos já foram descartados, após exames laboratoriais, sendo um de Messias, dois de Maceió e dois de Rio Largo.

Os outros 19 casos que seguem em investigação são: sete de Maceió, um de Rio Largo, um de Ouro Branco, um de Penedo, um de Barra de São Miguel, um de Branquinha, um de Murici, um de Pariconha, dois de Batalha e três de Inhapi.

A Sesau aguarda os resultados dos exames de diagnóstico para divulgação, uma vez que são processados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. Para isso, o material biológico é coletado pelo Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL) e encaminhado para a capital carioca, por meio de uma transportadora contratada pelo Ministério da Saúde (MS).

Os pacientes classificados como casos suspeitos permanecem sob monitoramento das Vigilâncias Epidemiológicas dos municípios de origem. Conforme informações atualizadas, eles estão em isolamento domiciliar, sem evolução negativa do estado de saúde e, após cumprirem o período de isolamento preconizado, serão liberados.

Em relação ao jovem de 22 anos, natural do Espírito Santo (ES), que foi testado quando se encontrava em viagem a Alagoas e apresentou resultado positivo para a Monkeypox, conforme resultado apresentado pela Fiocruz, a Sesau ressalta que trata-se de um caso importado, ou seja, não houve transmissão comunitária.

O jovem já retornou para o Estado de origem, logo que o resultado positivo foi confirmado. O Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (Cievs) de Alagoas já comunicou o caso às autoridades sanitárias do ES.

Sobre a Varíola dos Macacos

A varíola dos macacos se assemelha à varíola humana – erradicada em 1980. A doença ocorre principalmente na África Central e Ocidental. Os casos costumam aparecer nas proximidade de florestas tropicais onde há animais que carregam o vírus. 

Entre 2018 e 2021, sete casos de varíola dos macacos foram relatados no Reino Unido, principalmente em pessoas com histórico de viagens para países endêmicos. Mas em 2022, nove casos já foram confirmados, seis deles sem relação com viagens, até o último dia 18, segundo a Agência de Segurança em Saúde do Reino Unido (UKHSA, na sigla em inglês). Outros países, como Portugal e Espanha, já confirmaram casos da doença.

Os sintomas iniciais da varíola dos macacos incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfonodos inchados (íngua), calafrios e exaustão. Lesões na pele se desenvolvem primeiramente no rosto e depois se espalham para outras partes do corpo, incluindo os genitais. As lesões na pele parecem as da catapora até formarem uma crosta, que depois cai.

De acordo com o Instituto Butantan, a varíola dos macacos pode ser transmitida pelo contato com gotículas exaladas por alguém infectado (humano ou animal), pelo contato com as lesões na pele causadas pela doença ou por materiais contaminados, como roupas e lençóis. O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias. Por isso, pessoas infectadas precisam ficar isoladas e em observação por 21 dias.

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