Santa Mônica registra superlotação e presidente do Sinmed denuncia falta de obstetras e sobrecarga de trabalho

23/04/2024 16:09 - Saúde
Por Gabriela Flores
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A Maternidade Escola santa Mônica (Mesm) unidade de saúde da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) e única de alto risco do Estado, registrou superlotação nesta terça-feira, 23. 

A presidente do Sindicato dos Médicos e também obstetra, Sílvia Melo informou por meio de sua assessoria que na Mesm “existem 40 leitos obstétricos, mas foi registrado um excedente de 11 gestantes acomodadas em poltronas e 14 no setor de pré-parto, fora a lotação das enfermarias”.

A obstetra ressaltou que outro agravante é o quadro insuficiente de plantonistas para atender a demanda. “O ideal para uma maternidade daquele porte seria quatro obstetras por plantão, no entanto, a escala estava apenas com dois, o que configura sobrecarga”, frisou.

Segundo Sílvia Melo há meses a direção da maternidade e o Sinmed solicitaram das instâncias superiores (Uncisal e Sesau) providências de reforço da equipe, mas não houve resposta favorável,” desabafou a presidente do Sinmed, acrescentando que o próprio projeto de ampliação da Maternidade Escola Santa Mônica foi elaborado há alguns anos, mas não sai do papel. 

A médica destacou que “é urgente que os gestores deem a devida atenção às gestantes que dependem daquele serviço especializado”.

A assessoria de Comunicação da Maternidade enviou nota explicando que a superlotação se deve ao “aumento da demanda de gestantes  de alto risco na unidade, ao passo que externa preocupação com a assistência de pré-natal ofertada na atenção básica”.

 

 

Confira abaixo a nota na íntegra:

A Supervisão geral  da Maternidade Escola Santa Mônica informa à população alagoana que  se encontra em situação de superlotação, em virtude do aumento da demanda de gestantes  de alto risco na unidade, ao passo que externa preocupação com a assistência de pré-natal ofertada na atenção básica.

A Chefia Técnica Médica destaca que a situação atual é o reflexo da má qualidade do pré-natal  que está sendo ofertado às gestantes. Hoje, das  10 pacientes internas em poltronas na triagem, apenas duas são do interior do Estado, e dessas 10,  cinco (5) estão com infecção urinária, situação que poderia ser facilmente evitada se essas pacientes tivessem o pré-natal eficiente conforme determina os protocolos de cuidado materno, incluindo consultas e exames essenciais.

Sendo uma das três unidades de referência de alto risco do Estado, e sabendo que a realidade nas demais é similar à da Santa Mônica, a Supervisão geral tranquiliza toda sociedade alagoana que, apesar da superlotação, todas as pacientes estão recebendo a assistência adequada, prestada por profissionais de referência na saúde materno e neonatal, exames e condutas necessários.

Atualmente a maternidade escola Santa Mônica conta com 48 leitos maternos, 10 leitos extras fixos, porém a taxa de ocupação sempre ultrapassa esse número. Quando isso ocorre as pacientes ficam em poltronas.

Além da necessidade de um pré-natal eficiente, a Supervisão geral destaca que já existe uma proposta de ampliação da Maternidade que, com certeza, vai contribuir bastante para o atendimento dessas mulheres  tão fragilizadas em função do risco da gestação.

 

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