O ex-prefeito de Maceió teve o melhor momento para disputar o governo do Estado em 2018.
Ainda que dificilmente pudesse ganhar a disputa com Renan Filho, então, era o único nome com estofo para enfrentar o então governador.
Tinha em seu favor, então, uma boa avaliação da sua administração naquele momento e a imagem de ser inimigo do senador Renan, o que em Maceió tem um peso positivo.
Na última hora recuou, e isso lhe custou prestígio político e a confiança de uma parcela do eleitorado.
Agora, o cenário é outro: Renan Filho teve de engolir um candidato ao governo que não era dele – é de Marcelo Victor -, Rodrigo Cunha não consegue se firmar como o nome de oposição e Collor só tem a ver com ele próprio, o que significa investir no imponderável.
A decisão de Rui em disputar o governo terminou sendo a mais correta. O que vai além: era a única possível para quem quer permanecer entre os grandes da política alagoana.
Se não tinha grupo político, agregou a turma do deputado AA, o que tem seus prós e seus contras, ambos facilmente identificáveis – redutos e rejeição.
O PSD, de Kassab, prometeu a ele uma grana que pode viabilizar a sua campanha, que não será seguramente a mais cara, o que não define o resultado de uma eleição majoritária, ainda que seja importante.
Rui está fora, também, do embate Lula x Bolsonaro, o que não há de influenciar muito o eleitorado local – isso é miragem.
Se pode ser a zebra da eleição para o governo do Estado?
E por que não, se na disputa ao Palácio não apareceu até agora nenhum rei da selva (hienas, talvez)?