Sem dúvidas, a deputada estadual hoje no PSDB é a parlamentar mais respeitada fora da seara política. 

Consegue circular no meio acadêmico, entre as entidades representativas de vários setores e é sempre requisitada para os debates fora dos muros da Casa de Tavares Bastos.

Exercendo o seu segundo mandato de estadual, ela sempre trabalhou para ampliar os temas que aborda com destreza e também as pautas a que adere, sempre buscando o conhecimento onde ele está – e sem preguiça.

Vem de uma família política tradicional, mas vai de encontro a tradição de só seguir a direção das ondas, com capacidade de desenvolver o contraditório. 

Os embates dela com Marcelo Victor, por exemplo, foram emblemáticos: aos argumentos serenos e de conteúdo da deputada, o presidente da Assembleia não conseguia esconder a sua raiva, mostrando-se a ponto de explodir.

Tornou-se, cada vez mais, a porta-voz dos vários movimentos que buscavam apoio na Assembleia Legislativa (Ronaldo Medeiros é outro parlamentar com laços com a sociedade civil organizada).

Duas palavras resumem a situação de Jó Pereira, hoje, independentemente da questão partidária e eleitoral: credibilidade e disposição (para o trabalho).

Ela seria a vice ideal de qualquer candidato, haveria de dizer.

Mais até do que isso, creio: poderia ser, “mesmo” sendo mulher, uma postulante respeitável ao Palácio República dos Palmares – num estado machista e num meio misógino.

Isso provoca um incômodo imenso nos palacianos, principalmente - mas não só a eles. É duro ser mulher em terras caetés.

A fúria, portanto, está “justificada”.

É doloroso, mas é verdadeiro.