Que ninguém duvide: o passado de cada um dos candidatos será explorado, ao modo, durante a campanha eleitoral propriamente (com os programas de rádio e TV e redes sociais).
E é natural que isso aconteça.
Há farto material a ser explorado durante os meses que antecederão o dia da votação, e cada candidato vai ter de responder pelo que fez ou deixou de fazer.
Todos têm vulnerabilidade.
Collor, talvez até pela longevidade na atividade política profissional, oferece maior volume informações sobre a sua atuação como governador – lembram o acordo dos usineiros? – e como presidente (o bloqueio da poupança).
Claro que quem vai dizer se isso ainda tem alguma importância são os próprios eleitores, muitos ainda bem lembrados dos acontecimentos acima.
Rui Palmeira terá dividida a sua administração da prefeitura de Maceió em duas etapas – o primeiro mandato e o segundo, quando foram crescentes as queixas do maceioense. Também a sua adesão a Renan Filho lhe será cobrada como ponto frágil na sua trajetória política.
Rodrigo Cunha já vem sendo alvo de vários ataques, desde quando se soube que ele seria candidato ao governo. Sua dubiedade em questões políticas nacionais – como a posição sobre o governo Bolsonaro – e a aliança com Arthur Lira, certamente, farão parte do cardápio a ser apresentado por seus adversários.
E Paulo Dantas?
De deputado estadual medíocre a governador-tampão, ele tem pouco a mostrar neste período em que ganhou algum protagonismo na política estadual, graças a Marcelo Victor, responsável pela sua “descoberta”.
Mas lembremos: ele foi prefeito de Batalha, eleito em 2004 e reeleito em 2008, renunciado ao cargo no segundo mandato por questões ainda não inteiramente esclarecidas.
A questão da violência no município, com vários crimes de pistolagem envolvendo personagens icônicos, seguramente vai entrar na pauta.
Ou seja: a campanha para valer ainda vai começar.