O preço médio da gasolina comum vendida em Alagoas chegou a R$ 7,50. Com a alta que passou a vigorar no sábado (18), os alagoanos já começaram a sentir no bolso. Para eles, com o reajuste, algumas medidas precisarão ser tomadas.

Ao Cada Minuto, o motorista de aplicativo, Fernando Souza, afirmou que rodava os três turnos, mas com a alta vai rodar apenas pela manhã.

“Não tem condição de ficar trabalhando dessa forma. Vou escolher apenas um turno. Se for trabalhar o dia inteiro vou ter que pegar o dinheiro que ganhar para pagar a gasolina”, explicou.

Marina Correia, de 26 anos, é formada em administração e contou que desde o reajuste, andar de carro ficou inviável.

“Muito gasto. Eu não tenho condições de ir trabalhar todos os dias e gastar em média mais de R$ 150 por semana”, disse.

Uma alternativa encontrada para Marina -- que trabalha fazendo visitas em empresas -- foi a de andar de Uber. “Não sei como os motoristas estão conseguindo, sabe? A gasolina está muito alta e de vez em quando, a corrida nem compensa, mas encontrei essa forma de ‘economizar’”.

Carlos Castro, 40 anos, é comerciante e enfatizou que com esse reajuste, ele vai deixar o carro parado na garagem e ir trabalhar de bicicleta. Ele mora no bairro do Trapiche, na capital, e disse que por lá, a gasolina nos postos de combustíveis está custando R$ 7,39.

“Para ir ao trabalho optei ir de bicicleta. É melhor do que pagar para trabalhar. Então vou começar a segunda-feira indo de bicicleta”, explicou.

No entanto, ele criticou o Governo pela alta. “É um absurdo o que esse governo fez conosco. Cada dia tudo aumenta e as pessoas não fazem nada para mudar. Até quando vamos aceitar?”.

Medidas

O Congresso aprovou na última semana o projeto que limita a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, energia, gás natural, comunicações e transportes coletivos.

A medida é uma das tentativas do governo federal para reduzir o preço dos combustíveis em ano eleitoral. Para entrar em vigor, ela agora depende da sanção presidencial.

Petrobras

Em nota, a Petrobras afirmou que tem buscado o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem repasse imediato para os preços internos da volatilidade das cotações internacionais e da taxa de câmbio.

“Esse posicionamento permitiu à Petrobras manter preços de GLP estáveis por até 152 dias; de diesel por até 84 dias; e de gasolina por até 99 dias. Esta prática não é comum a outros fornecedores que atuam no mercado brasileiro que ajustam seus preços com maior frequência, tampouco as maiores empresas internacionais que ajustam seus preços até diariamente”, disse a empresa por meio de nota.