O ex-presidente Lula nunca foi comunista, e até por isso sempre foi duramente criticado pelos comunistas.

Mas, claro, ele nunca deixou de estar no espectro da esquerda no Brasil, país onde a direita – e agora a extrema-direita – quase nunca deixou o poder.

A disputa está polarizada e não há sinais de que deixará de sê-lo até as eleições: Bolsonaro x Lula – e ponto.

É claro que há aqueles que não querem nem um nem o outro, o que é absolutamente legítimo e esperado. Mas não dá para brigar com os fatos.

O que vemos hoje, numa parte importante da grande mídia brasileira e de setores mais acanhados ou arrependidos do conservadorismo (não seria reacionarismo), é a busca desesperada por um candidato da 3ª via.

Que não é nem será Ciro Gomes, mas sim um dos personagens que patinam nas pesquisas eleitorais e que não parecem ter fôlego para chegar a ser o ungido para a missão.

Pelo conjunto do discurso, pelo viés da crítica ao candidato do PT, o que essa turma procura mesmo é um Bolsonaro com açúcar: um candidato que tenha um vocabulário um pouco melhor (o que não é difícil), que conserve o verniz da democracia forma, mas eu mantenha as mesmas pregações em defesa dos “valores da família” brasileira (?).

(Quem sabe até sem a “campanha do quilo” de ouro.)

No mais, perde-se muita energia com matéria de pouca valia.

Por ora, ficamos assim: Alea jacta est.