Desde a semana passada que o blog vem recebendo denúncias de uso político-eleitoral da Secretaria Estadual de Prevenção à Violência (Seprev).
Servidores em situação trabalhista precária – principalmente estes – estariam sendo pressionados a usar a propaganda eleitoral da esposa do secretário Kelmann Vieira, deputada Flávia Cavalcante.
“O uso de adesivos é obrigatório para quem tem um carrinho”, lamentou um servidor.
Segundo ele, os servidores são “convidados” a ir a uma empresa na Jatiúca, onde é feita a adesivação dos veículos, “que eles pagam, é obvio”.
- O problema é a obrigatoriedade. A gente tem de justificar para os parentes, os amigos, os vizinhos, o motivo da “adesão” à candidatura do adesivo. É muito constrangedor.
Outra pessoa, na mesma condição, dá mais detalhes: “Quem passar pela Sumese (Superintendência de Medidas Socioeducativas) vai ver a quantidade de carros com adesivo da deputada Flávia”.
Fica a dica para os órgãos voltados à fiscalização eleitoral.
É bem verdade que a exploração política/eleitoral da mão de obra gratuita de ocupantes de cargos em comissão – ou terceirizados – é uma prática antiga e permanente, um câncer, no serviço público de forma geral.
Mas uma hora terá de parar – pela força da lei.
Cabe ao secretário Kelmann, que é delegado da Polícia Civil, apurar se há este tipo de abuso na pasta que ele dirige – se é que isso acontece à sua revelia (?!).
Em terra de desempregados, como Alagoas, a necessidade provoca ainda mais injustiças e humilhações.