Um incidente, ontem, no Hospital Escola Dr. Helvio Auto, chamou a atenção da sempre atenta e comprometida infectologista Mardjane Lemos: um paciente, que frequenta a unidade em tratamento, se negou a usar a máscara - mesmo depois de alertado por um funcionário. Ele chama a atenção do blog:

- Houve precipitação na posição do governo do Estado e da prefeitura de Maceió quanto ao fim da obrigatoriedade do uso da máscara. Nós ainda estamos vivendo em meio à pandemia de Covid-19. Ela não acabou.   

O problema, ressalta a médica especialista na área – e falo, aqui, de ciência -, é que “as equipes técnicas passaram a ser ouvidas esporadicamente pelos governos”.

(O blog lembra que o número de casos da doença voltou a crescer na Ásia e em parte da Europa.)

Ressaltando que o trabalho de comunicação do governo e da prefeitura, em relação à Covid-19 “é muito falho”, Mardjane Lemos reconhece que há uma pressão natural da população já cansada.

Tem algo por trás dessa “decisão precipitada”: 

- A proximidade das eleições levou os governantes a extinguir a obrigatoriedade das máscaras e a liberação de aglomerações, de forma geral.

Ela defende que é preciso encontrar um meio-termo em relação ao “passaporte da vacina”, com critérios claros e rígidos para definir onde ele é ou não necessário.

Por óbvio, esta deveria ser uma decisão do corpo técnico e científico, “tão propagado e defendido durante o auge da pandemia”.