Era inevitável que o embate eleitoral chegasse à Assembleia Legislativa.
E hoje o clima esquentou entre a deputada Jó Pereira, sempre propositiva (o que parecia “bom” para a maioria) e o presidente da Casa, Marcelo Victor, sempre conciliador entre os seus pares.
Mas isso tinha hora para acabar, e a hora chegou.
O que aconteceu?
Na iminência de votação dos projetos palacianos de reestruturação de várias carreiras do funcionalismo do jeitinho que o governo mandou, a deputada cobrou a abertura da galeria para os servidores públicos, que queriam acompanhar a sessão e pressionar os deputados - recurso legítimo.
Primeiramente, Paulo Dantas – que começou presidindo a sessão – negou, argumentando com o regimento interno. Depois, o próprio Marcelo Victor assumiu o comando e negou pela segunda vez o pedido de Jó Pereira (que havia apresentado várias emendas aos projetos palacianos).
Na sequência, a representante da família Pereira no parlamento estadual solicitou que os votos fossem registrados no painel eletrônico. Não conseguiu, e os ânimos se exaltaram, ante a crítica de Jó Pereira por mais “democracia” na Assembleia.
A réplica de Marcelo Victor veio em seguida:
“A senhora só me respeita quando atendo seus interesses.”
Jó Pereira:
- Muitas vezes meus pleitos não foram atendidos, mas sempre o respeitei. Não estou falando só da galeria, mas do painel eletrônico. Muitos pediram e vossa excelência não quer abrir. Só quem tem prejuízo é a democracia.
É apenas o começo do que está por vir.
O projeto político de Marcelo Victor é fazer o governador – o que está na iminência de acontecer – e reeleger 16 deputados estaduais da sua bancada.
Jó Pereira não faz parte do grupo de MV e migra celeremente para a oposição.