Na semana da assembleia da Região Metropolitana de Maceió, para discutir a partilha dos R$ 2 bi da BRK, o deputado Arthur Lira fez contato com o aliado Marcelo Victor. A reunião foi convocada pelo governador Renan Filho, sob protesto da oposição.

Seria tudo normal, não fosse a sequência da conversa entre os dois.

Lira pediu que MV solicitasse o adiamento da assembleia – ele é um dos votantes – para depois do julgamento do STF (que ainda não terminou) sobre a partilha da grana.

Eis que o presidente da Assembleia disse ao presidente da Câmara Federal que não faria isso. Mais ainda: afirmou que o compromisso dele, neste caso, era com Renan Filho, que já havia cumprido “a sua parte”.

Lira argumentou que o prefeito da Barra de São Miguel, Biu de Lira, seria um dos prejudicados.

Não teve jeito. E a conversa acabou num tom de despedida pouco cordial, os dois se conhecendo mais.

É claro que a “amizade de infância” entre eles pode ser retomada a qualquer tempo, mas por enquanto o federal está “por aqui” com aquele em que apostou como o mais leal aliado.

Bobagem, a realidade de cada um se impõe a cada um.

Todos são profissionais nesse jogo - o amador nasceu morto. O que, na prática, significa que tudo é passageiro e efêmero.

Em tempo: de quem é mesmo o União Brasil?