A deputada Jó Pereira, ainda no MDB, voltou ao parlamento com carga total, seguindo a mesma linha de seus pronunciamentos e ações - em relação ao governo.

Com uma oposição minúscula na Assembleia, as suas falas carregam uma autoridade rara entre os demais parlamentares (com ótimas exceções).

Na sessão da última terça-feira, ao defender “a distribuição correta” do dinheiro da BRK – R$ 2 bilhões –, Jó Pereira fez um alerta que deve ser levado em consideração pelos órgãos de fiscalização (?) do erário.

Ela lembrou que desde o ano passado vem falando sobre os serviços de pavimentação de ruas realizadas pelo governo do Estado em cidades que serão saneadas, como a Barra de São Miguel: 

- Em um curto espaço de tempo, essas ruas que estão sendo pavimentadas serão quebradas para os serviços de saneamento básico, e é o consumidor que irá arcar com isso, com o resultado de colocar o carro na frente dos bois. 

Gasto dobrado com o dinheiro público, já tão pouco para o tanto que precisa e merece ser feito.

Sobre a partilha da dinheirama da BRK, a deputada ressaltou que “não faz sentido que os blocos B e C  (que reúnem as regiões Agreste e Sertão; Zona da Mata e Litoral, respectivamente) tenham 100% da outorga revertida para o ente municipal, enquanto a região metropolitana não.”

Ou seja: ela deixou a posição dela clara, de defesa do que considera o direito dos municípios da Região Metropolitana de Maceió. 

A deputada é cotada para compor uma chapa majoritária de oposição ao governo/Assembleia, mas não se pode dizer que ela “mudou de lado”.  Ao se solidarizar com o deputado Davi Maia, que levou o tema BRK para a sessão, Jó Pereira retomou uma questão que vem debatendo há muito tempo – o Fecoep:

- Quando vossa excelência denuncia que seu posicionamento (na assembleia da Região Metropolitana) não constou em ata, lembro de como funciona o Conselho do Fecoep, do qual faço parte: com a mesma autoridade e perspectiva, pois o governo tem a maioria e, por isso, decide a pauta e o que fazer com os recursos.