É bem possível que o senador Collor e o vereador/delegado Fábio Costa estejam na iminência de um enfrentamento eleitoral em que o governador Renan Filho surge como o favorito.

Isso pode ser, de fato, um problema para ambos. Defender o bolsonarismo é apostar numa fatia significativa do eleitorado, mas que tem um limite nítido – pelo menos por enquanto. Dividi-la é ainda mais perigoso para os dois personagens. 

Fábio Costa segue fazendo sucesso nas redes sociais, onde Collor tenta avançar, principalmente com a meninada (?). Este território, dizem os estudiosos da área, tem uma boa influência nas candidaturas proporcionais, o que não se repete nas disputas majoritárias.

Só que isso não basta. Ambos precisam contar com o apoio de uma parte, pelo menos, da chamada opinião pública - o que Bolsonaro teve, diga-se de passagem, na eleição de 2018 em Alagoas.

O adversário dos dois bolsonaristas – em se confirmando a candidatura de Costa -, Renan Filho, também tem problemas nessa fatia do eleitorado. Vai ter de elaborar um bom discurso para explicar o fato de que entregou o governo à Assembleia.

Fato concreto: o vereador, ainda no PSB, não pode ser ignorado pelos dois gigantes da política alagoana. No mínimo, ele pode fazer um grande estrago no eleitorado de ambos (a começar por Collor).

No máximo, quem há de saber?