É verdade que não é possível, ainda agora, medir a capacidade de Bolsonaro transformar em votos o bolonarismo local, que tem forte presença da classe média (que vai sobreviver a Bolsonaro). Uma turma que se descobriu “militante” política (nas redes sociais).

Mas creio que o fato de que o presidente venceu as eleições em Maceió, em 2018 (61,63%; contra 38,37% de Haddad), leva ao silêncio boa parte das lideranças políticas de Alagoas – quando o tema é o governo federal.

Assim se comportam, citando alguns exemplos, Rodrigo Cunha, JHC e Marcelo Victor. Eles evitam, de todos os modos, criticar as ideias (?)  e práticas de Bolsonaro e se esquivam de perguntas sobre o assunto.

Na Assembleia Legislativa, apenas o deputado Ronaldo Medeiros, do MDB - migrando para o PT -, faz o discurso mais contundente contra Bolsonaro. Seus embates com o Cabo Bebeto já são bem conhecidos. Os demais, quase todos, calam como a dizer que não têm nada com isso.

Não significa, por óbvio, que estes sejam bolsonaristas, mas mostram que eles não são anti-Bolsonaro e suas práticas negacionistas – para dizer o mínimo. 

Imagino que estes parlamentares não irão conquistar, necessariamente, os votos dessa corrente ideológicas espalhados pela capital - e nas chamadas áreas nobres. Mas claro está que eles querem perder o que acham que têm. 

(Para que correr risco?)