Moradores, empresários e movimentos sociais assinaram uma carta aberta, direcionada aos investidores que pretendem cobrar as ações da Braskem, para alertar sobre a realidade da tragédia que afeta mais de 55 mil pessoas em Maceió. 

A  carta afirma que a situação em Alagoas, especificamente nos quatro bairros atingidos,  ainda não foi resolvida, o que acumula uma dívida de pode oscilar entre 7 e 12 bilhões de reais, conforme cálculo feito com base em dados fornecidos por associações de moradores e por empresas imobiliárias e da construção civil.

“Esses valores são relativos aos prejuízos materiais e imateriais causados pela empresa no megadesastre ambiental decorrente da mineração do sal-gema na cidade de Maceió, desastre que se tornou conhecido em março de 2018 e que já foi noticiado pela imprensa nacional e internacional”, traz trecho do documento. 

Os moradores ainda frisaram que grande parte das pessoas atingidas ainda não foi indenizada pelos danos materiais e imateriais sofridos. “Essa realidade se repete com o município de Maceió, que, muito por anomia de seus administradores, sequer abriu negociações formais para as indenizações a que faz jus para reconstruir e reurbanizar a cidade no entorno do desastre”.

"Queremos que este documento chegue, especialmente, ao conhecimento da B3 e da bolsa de valores de Nova York, onde a empresa também atua, e à CVM e à ESC, controladoras do mercado de capitais no Brasil e nos EUA, respecvamente. Esperamos que os futuros controladores saibam dos problemas que irão enfrentar e que deverão resolver sem demora, pois o espaço para postergações exauriu-se junto com nossa paciência. “Nunca duvidem que poucos cidadãos, compromedos com seus semelhantes, possam mudar o status quo indesejado”.