Rui Palmeira também está fora do grupo de WhatsApp dos Calheiros

20/01/2022 06:50 - Ricardo Mota
Por redação
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Foi talvez o melhor momento do então prefeito Rui Palmeira ao provocar seu adversário na luta pela reeleição, em 2016, Cícero Almeida chamado.

No debate televisivo entre os dois, Palmeira, que sempre tinha uma postura serena e algo fleumática, debochou do seu antagonista, dizendo que ele seria excluído do grupo de WhatsApp dos Calheiros.

Almeida acusou o golpe, e apesar da sua intimidade com o microfone não teve muito o que dizer.

O ex-tucano tinha  razão. Pouco tempo após a eleição, Almeida foi esquecido pelos comandantes do MDB local, partido a que ele havia se filiado para disputar a prefeitura. Disse que queria ser secretário estadual de Esportes, mas viu o seu pedido ser solenemente ignorado. A comunicação  se encerrou ali. 

Mundo que dá volta, mais ainda o mundo político com suas peculiaridades (todas humanas).

Eis que agora é o próprio Palmeira que se sente excluído do tal grupo. Ele tem feito reiteradas queixas aos seus próximos e aos que se aproximam sobre a dificuldade de falar com Renan Filho, a quem ele resolveu seguir cegamente em 2020.

O senador Renan, é bem verdade, não superou a mágoa do ex-prefeito de Maceió, que foi seu assessor no Senado até tornar-se um adversário de peso.

Depois, veio a fase do “foi brincadeirinha”. Mas não para Calheiros pai, que para completar ainda ecoa nos ouvidos os gritos de Tacio Mello, naquele mesmo 2016.

O silêncio, está claro, é o prato servido frio.

Os Calheiros não são lá muito diferentes dos que vivem no meio político. Profissionais, usam os aliados e se deixam usar por eles até que a “morte os separa”.

E a morte está sempre ali, bem na esquina. 

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