Helicóptero virou símbolo da riqueza dos políticos alagoanos este ano

12/01/2022 13:50 - Ricardo Mota
Por redação
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O senador Fernando Collor inovou, na década de 1980, quando introduziu - ostensivamente - o helicóptero como seu veículo preferencial de campanha eleitoral.

Há o caso clássico, inclusive, de sua última campanha a governador (2002), contra Ronaldo Lessa, quando um conhecido empresário local teve de pagar a conta da aeronave - que havia percorrido todo o estado várias vezes.

Mas ele tinha a grana e, mesmo contrariado, honrou com a dívida que lhe fora destinada.

Este ano, antes mesmo de começar a campanha eleitoral, já há uma disputa no céu do poder em Alagoas: todo político importante, ou que pretende sê-lo, anda no “seu” helicóptero.

O aparelho virou o símbolo da riqueza entre os “grandes” da política local. É a imagem da ostentação da riqueza, nem sempre real, nas suas redes sociais dos pretensos bambambãs.

Todos têm (ou alugam): deputados, prefeitos, vereadores ou, simplesmente, candidatos. Há quem preveja engarrafamento celestial durante a campanha. Não ter uma aeronave como semelhante é sinal de fraqueza (de pobreza, o que dá no mesmo), e já temos um mercado interestadual abastecendo o nosso céu anil.

Um conhecido e atento personagem que circula com facilidade no poder local – em todas as áreas – tem uma explicação bem plausível para o fenômeno dos ares locais: “É o efeito lava jato”.

- Como assim?

- Como a operação não deu em nada, até por conta da picaretagem da República de Curitiba, eles avaliam que também nada acontecerá agora.

- E essa história de que a PF já está investigando a turma, a partir das postagens nas redes sociais? 

- ...

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