Ninguém é mais crítico, na Assembleia, à atuação política do governador Renan Filho do que o primeiro-tio Olavo Calheiros.

Os dois não se falam mais, praticamente, hoje, apesar de o governador afirmar – e o disse para mim – que o deputado era o seu “pai político”.

Voz geral, Renan Filho sempre se negou a ouvir “a turma de cabeça branca” com quem conviveu a vida toda, o que inclui o senador Renan Calheiros e alguns dos secretários mais próximos (pelo menos, assim vistos).

Agora, Filho está na iminência de dar um desfecho a sua tragédia política mais recente: ele terá que dar apoiar ao candidato – qualquer um – a sucedê-lo no governo do Estado que o deputado Marcelo Victor determinar, sem ter direito ao menos de opinar sobre nomes ou partidos.

“Aquele cara lá do Palácio deve ficar até o fim do seu mandato, para tentar consertar o erro que cometeu”, diz o deputado abertamente Olavo Calheiros (que não deverá ser candidato à reeleição).

O governador Renan Filho, dizem quase à unanimidade os do seu entorno – com exceção dos conhecidos bajuladores –, é movido pela autossuficiência e pela soberba. O resultado está a sua frente: uma impotência política que nem mesmo os seus notórios e derrotados  alcançaram.

É um assombro.

O que propõe Olavo?

Que o governador fique até o fim do mandato e lance um candidato ao governo do Estado para bater de frente com os nomes já postos, inclusive Paulo Dantas (MV).

Esta seria a mesma posição do senador Renan, que não está disposto, porém, a bancar o que diz Olavo com quem conversa sobre política e sucessão estadual.

Tancredo Neves, conta-se, dizia que o advogado, jornalista e militar Leônidas Cardoso, pai do ex-presidente FHC dizia que o filho era muito inteligente, mas que esta qualidade era superada pela vaidade.

Que coisa, hein?

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